Das
trivialidades do dia a dia...
As
vezes achamos que para termos um mundo melhor precisamos recorrer a
milagres. Daí nos colocamos de joelhos, fazemos orações longas,
marchamos gritando fervorosamente palavras de ordem contra o sistema
político e, mesmo com todos estes esforços, ainda nos perguntamos:
“Onde estamos errando?”
Aí
eu pergunto. E o nosso entorno? Como eu me relaciono com os outros no
meu dia a dia?
É
absurdamente estranho desejar a paz no mundo e, nos corredores do meu
trabalho, nos cômodos da minha casa, dentro da minha sala de aula,
nos lugares onde podemos agir mais facilmente, acabamos ingenuamente
– eu acho – por não agir de nenhuma forma.
Vale
a pena lembrar que transformar o mundo já utopia há anos, melhor,
séculos, no entanto, se cada qual cuidar de modificar sua realidade
próxima, teremos muitas realidades próximas modificadas e, assim,
criaremos um mundo repleto de realidades próximas modificadas, o
dicionário não possui um adjetivo coletivo para essa ideia,
chamemo-la de utopia a la “devagar e sempre”.
Você
sabia que muitas primeiras impressões causaram atritos e até brigas
terríveis? Acontece muito. É aquela coisa... um dia fulano não
cumprimentou sicrano que não cumprimentou também. Pronto! Aí já
se estabeleceu uma futura guerra. Futura, pois ela começa aos
poucos, começa pelas horinhas do cotidiano e só pararia caso alguém
cumprimentasse de volta.
O nosso revolucionário aqui será aquele que terá a capacidade de
partilhar atitudes de afeto, confesso, escassas na era moderna,
contudo, possíveis. A História se constrói nas entrelinhas de um
dia. Vamos fazê-la melhor.
Retirado da obra: Eu Partilho, Tu Partilhas, Nós Partilhamos - Thiago Saveda
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